bandoxe indústria da seca şarkı sözleri
Nos prometem chuva, mas vendem a seca
Enriquecem com a nossa dor
Enquanto a sede mata o povo
Eles brindam com taças de ouro
O sol queima forte e racha o chão
Mas pior que a seca é a corrupção
Dizem que falta rio, que falta água
Mas desviam milhões enquanto o povo aguarda
Os latifundiários enchem seus lagos
Enquanto o sertanejo bebe do cacto
O gado tem sombra, pasto e ração
Mas a criança tem sede e poeira na mão
Vocês já ouviram falar
Será que sabem o que é isso
Chamam de seca, mas tem outro nome
Indústria da seca, do roubo, do vício
Chora o chão, seca o rio
Mas quem rouba a água enche o próprio navio
Nos fazem de voto, nos fazem refém
A sede é do povo, mas nunca de quem
El Niño castiga, mas quem governa
Lucra com a fome, faz guerra com terra
Enquanto o sertão pede água e pão
Os donos da seca engordam na corrupção
Olha o céu, ele quer chover
Mas tem mão invisível segurando você
Se a seca não mata, a fome consome
E os donos da terra nunca têm sede ou fome
Os coronéis de gravata nos dizem
O sertão precisa de caridade
Mas os mesmos que falam de fome
Têm poços profundos em suas propriedades
A terra é seca, mas poderia florir
Se a verba viesse pra quem quer produzir
Mas irrigam exportação, vendem promessas
E fazem da miséria um teatro de peças
Vocês já ouviram falar
Será que sabem o que é isso
Chamam de seca, mas tem outro nome
Indústria da seca, do roubo, do vício
Chora o chão, seca o rio
Mas quem rouba a água enche o próprio navio
Nos fazem de voto, nos fazem refém
A sede é do povo, mas nunca de quem
El Niño castiga, mas quem governa
Lucra com a fome, faz guerra com terra
Enquanto o sertão pede água e pão
Os donos da seca engordam na corrupção
Olha o céu, ele quer chover
Mas tem mão invisível segurando você
Se a seca não mata, a fome consome
E os donos da terra nunca têm sede ou fome
O trovão ecoa, mas nenhuma gota cai
Chove lá fora, mas nunca aqui
Dizem que é o destino, mas eu nunca vi
Enquanto eles nadam no luxo e no brio
O povo se afoga num poço vazio
Chora o chão, seca o rio
Mas quem rouba a água enche o próprio navio
Nos fazem de voto, nos fazem refém
A sede é do povo, mas nunca de quem
El Niño castiga, mas quem governa
Lucra com a fome, faz guerra com terra
Enquanto o sertão pede água e pão
Os donos da seca engordam na corrupção
Olha o céu, ele quer chover
Mas tem mão invisível segurando você
Se a seca não mata, a fome consome
E os donos da terra nunca têm sede ou fome
O sertão não precisa de pena
Precisa da água que sempre foi sua

