Ainda Há Tempo

Me sinto prisioneiro dentro do meu próprio manicômio/ Preciso me libertar, burlar o demônio/ Ele atenta, provoca, não tem dó da alma/ Mas tô firmão ainda tenho força na jogada/ Quero vencer, sentir o prazer da vitória/ Concluir meu destino, escrever minha história/ Sentimentos estranhos tomam conta do meu ser/ Vários questionamentos, meu Deus o que fazer? / Na madrugada os pensamentos voam com o vento/ Nos fazem refletir, machuca o peito é tenso/ Só quem convive com conflitos internos sabe o que falo/ Conhece a dor, sabe como faz falta um abraço/ Uma árvore proibida de dar frutos/ É deprimente, mas um sorriso muda o curso/ É preciso ser forte, disfarçar todo momento/ Estar feliz por fora, enquanto chora por dentro/ Não posso desistir, não posso me entregar/ Vai levanta e anda guerreiro você nasceu pra brilhar/ Posso estar velho sim, mas não tô morto não/ Quem tem fé enxerga luz até na escuridão/ Um passo de cada vez, foco e concentração/ Ajoelha na prece, agradece na oração/ Quando erguer o troféu lembra disso irmão/ Levanta as mãos para o céu seu corre não foi em vão/ Só você acreditou em você mesmo/ Se libertou hoje não é mais prisioneiro/ Sem precisar provar nada pra ninguém/ Eu sei que Jah conduz meus passos amém/ Vou lutar até a morte sou leão de Judá/ Mesmo ferido, sangrando, não vou me entregar/ Cheguei até aqui, então vou até o fim/ Não tentem me impedir vocês não vão conseguir/ Eu tô com sede de justiça, eu não vim pra perder/ Vou gladiar nessa arena quem sair vivo vai vencer/ Nesse momento me debruço sobre a mesa/ A mão direita que escreve está exausta e trêmula/ Enquanto eu respirar pra enfrentar os tormentos/ Não posso desistir, porque ainda há tempo/