Odeon

Ai quem me dera o meu chorinho Tanto tempo abandonado E a melancolia que eu sentia quando ouvia Ele fazer tanto chorar Também me lembra, tanto, tanto Todo o encanto de um passado/ que era lindo Era triste, era bom, igualzinho A um chorinho chamado Odeon. Terçando flauta e cavaquinho Meu chorinho se desata. Tira da canção do violão esse bordão que me dá vida e que me mata. É só carinho o meu chorinho, Quando pega e chega assim devagarzinho Meia-luz, meia- voz, meio-tom Meu chorinho chamado Odeon. Ah, vem depressa chorinho querido, vem Mostrar a graça que o choro sentido tem Quanto tempo passou, quanta coisa mudou Já ninguém chora mais por ninguém. Ah, quem diria que um dia, chorinho meu, você viria com a graça que o amor lhe deu Pra dizer “não faz mal, tanto faz, tanto fez” Eu voltei para chorar com vocês. Ai quem me dera o meu chorinho...(repete 1ª estrofe) Chorinho antigo, chorinho amigo Eu até hoje ainda persigo esta ilusão Essa saudade que vai comigo E até parece aquela prece que só sai do coração Se eu pudesse renovar minha esperança Se eu pudesse me lembrar como se dança Esse chorinho, que hoje em dia, ninguém sabe mais. Chora bastante meu chorinho Teu chorinho de saudade. Diz ao bandolim pra não tocar tão lindo assim Porque parece até maldade Ai meu chorinho, eu só queria transformar a realidade, a poesia, ai que lindo, ai que triste, ai que bom De um chorinho chamado Odeon