Nave Mãe

Onde vamos parar irmão Assuma seu papel humano na terra Ou va te acostumando A lama que te espera Desacelera aqui do tempo somos reféns Em meio as feras sinto Necessidade de ser fera também Isso já não me convém Quero ir além quero ir além Espécie dominante, mas observo os animais E nos vejo tão distantes Coadjuvantes vivendo vidas alienantes A merce de toda a maldade Dentro dessa sociedade Desviando da própria identidade Empurrão das entidade Olhar pro semelhante Antes de querer colher então plante Voando Voando ciclo mutante Em meio a tanta gente ignorante Decepcionante De lugar eu alterno Aprendendo olhar o interno E não apenas o externo Resgato meu lado fraterno Olhando para nossas crianças Deixando de projetar nelas Nossos sonhos de infância Falta Falta de auto confiança Em nossas próprias mudanças Entre na dança sendo a própria Bem aventurança que não falte esperança Nessa nossa cegueira Não não vou engolir tudo que é dado Sem passar na peneira Não é mimimi e nem besteira Sou mulher guerreira Carrego na alma o grito de toda feiticeira Que por aqui ja foi dada como sujeira Abro a porteira pra mãe natureza Porquê pra ti é difícil Enxergar tamanha beleza Frieza, com nossa mãe gaya alteza Consagrada em teu girar Navegante das solidões Espaço e tempo espaço e tempo A nos levar Nave mãe, nave mãe Terra é nosso lar Chega de subestimar Teus homens não tem juízo Esqueceram tão grande amor Oferece teus tesouros Mas ninguém da teu valor Se propor a respeitar No caminho do meio andar Aqui somos todos iguais Animais plantas e minerais Obras da mesma natureza Não há porque de tanta avareza Ando por ai procurando a pureza Quando me vejo sem tempo Pra criticar o semelhante Mergulhando na eterna fonte abundante Procurando perceber todo lado bom Quando chego no limbo da escuridão É ai que eu vejo claro irmão Eu mesma me estendo a mão Sem indecisão Sente e atende O chamado que vem do coração