Baía

Numa tarde ao fim do dia Ela senta-se à beira-rio A sentir a maresia Até achar que está a ficar frio E faz este ritual Sempre depois do trabalho Para ela já é banal E até já deu nomes às gaivotas que passam Ah na Baía Ela passa a sua tarde E ah na Baía A olhar para a cidade E não tem motivo para ir mais cedo Nem tem motivo para ficar Até o ter conhecido na Baía Ele passou ali por acaso Contou-lhe que andava perdido E viu-a a dar um abraço Ao senhor de um café escondido E ele aí percebeu Que ela era dali E falou com o senhor Abreu A perguntar quem era a menina Lá da Baía Que adorava passar Ah os seus dias A olhar para o mar Foi a história que ele fez Antes de ir falar com ela E mal ele ia adivinhar O amor de telenovela Na Baía E passou a ser o lugar deles Desde que se viram naquele dia E até compraram casa Na Baía E ela parou de ir sozinha Porque ele ia sempre a seu lado E passaram a ser conhecidos Como o casal da Baía do Seixal Ah na Baía Ela passa a sua tarde Ah na Baía A olhar para a cidade E já tem motivo para ir mais cedo E já tem motivo para ficar Porque o conheceu Onde? Na Baía E já tem motivo para ir mais cedo E já tem motivo para ficar Porque o conheceu Onde? Na Baía