Cidade dos Anjos

Madrugada afora, perigo na esquina Atravessa a noite só prá se divertir Sensações em um jogo de perigosas relações Entre corpos nus a cidade te seduz Com seus bares cheios de pessoas vazias Revelando desejos que escondem de dia Crianças construindo castelos na lama Vendendo seus sonhos por menos de um grama Na madrugada o jornal cobre o corpo caído Diz a manchete na cidade dos anjos: nada é proibido Quem poderá negar todo o mal que já fez Antes que o galo cante pela terceira vez? Meninas, mulheres vendendo seus corpos num leilão Lutando na noite por um pedaço de pão O lado sombrio da noite nos mostra rancor e frieza Desprezo pela vida, vergonha e tristeza Outros se escondem na noite com medo que o dia amanheça E traga de volta toda sua incerteza Na madrugada o jornal ainda cobre o corpo caído Diz a manchete na cidade dos anjos: tudo é permitido Quem poderá negar todo o mal que já fez Antes que o galo cante pela terceira vez? Na madrugada o jornal cobre o corpo caído Diz a manchete na cidade dos anjos: nada é proibido Quem poderá negar todo o mal que já fez Antes que o galo cante pela terceira vez? Na madrugada o jornal ainda cobre o corpo caído Diz a manchete na cidade dos anjos: nada é proibido Quem poderá negar todo o mal que já fez Antes que o galo cante pela terceira vez?