Vadios

Às vezes é tão difícil encontrar o caminho certo a vida é um jogo e nem sempre acerto Penso no que fiz e construí, destruí e não quis que fosse por aí É tão duro, ficamos com marcas no corpo. Quando o passado se junta ao futuro o presente vai torto Procuro uma vida serena, mas a inquietação é constante nunca pequena O mundo é vibrante e o tempo não para, sou solitário só o teu abraço me ampara Sinto-me assim: nu, frágil e exposto, cego as minhas mãos acham-te o rosto Onde nos encontramos nesta história, só o nosso beijo nos apaga a memória? Fomos vadios à procura de um abrigo, sinto a tua ausência e só me encontro contigo Somos vadios do mesmo mundo Encontrámo-nos no abrigo Frágeis no mais profundo Eu só me encontro contigo Somos vadios do mesmo mundo Encontrámo-nos no abrigo Frágeis no mais profundo Eu só me encontro contigo Só o tempo nos lambe as feridas tornam-se conhecimento como frases lidas de juras Que foram sempre eternas, certas apenas as maternas Só queria os abraços abertos para o que desse e fosse ter os sentidos despertos para o que é nosso O medo de cair custa-me a levantar mas quando estamos a fluir sinto-me a levitar Sinto o cheiro da noite de verão, aqui no campo era de libertação Podíamos correr juntos até de madrugada sonhar o mundo com a visão aluada Lembras-te? Nós dois na cama a olhar o teto, trocávamos sorrisos colocávamos o futuro perto E a tua dança, com esse sorrisão Era de cumbia que se fazia a minha pulsação Somos vadios do mesmo mundo Encontrámos o abrigo Frágeis no mais profundo Eu só me encontro contigo Somos vadios do mesmo mundo Encontrámos o abrigo Frágeis no mais profundo Eu só me encontro contigo Somos vadios do mesmo mundo Encontrámo-nos no abrigo Frágeis no mais profundo Eu só me encontro contigo Somos vadios do mesmo mundo Encontrámo-nos no abrigo Frágeis no mais profundo Eu só me encontro contigo Somos vadios do mesmo mundo