Cartas de amor de meu avô (versão acústica)

Canto o amor de uma história, que à já muito tempo passou Bem guardada na memória de meu avô que me a contou De comboio ia ter com ela, viajando à luz do Sol poente E alegre a encontrava na estação de São bento Caminhando de mão descendo a rua do ouro Namoravam num jardim com linda vista pra Douro E ela tinha de seu nome Laura, me diz ele bem contente Num sorriso uma palavra, na palavra um momento Se meu coração tivesse asas, eu as deitava fora do ninho Dizendo as suas penas que voassem para Espinho Pois era lá que suas asas, seriam suavizadas Diz baixinho para mim que pena não ter asas Na carta de amor que voa, tão alto como uma andorinha Pra espinho meu avô partiu Laura ficou sozinha E quando triste partiu, ele lhe deu uma rosa Contando a ela bem pertinho és a flor mais cheirosa Me escreve porque me condenas, numa frase levaria a dor Eu te quero para toda a vida não me mates de amor Disse Laura triste chorando, desculpa António se me comovi Quem te ama e adora, está esperando por ti E o tempo se foi desdobrando, tal e qual como o seu caminho Meu avô Laura nunca esqueceu, guardou pra sempre o seu carinho À muito tempo foi a minha mocidade, tu a disfruta então neto meu Te vou ler a ultima carta, ultima carta que Laura me deu Se meu coração tivesse asas, eu as deitava fora do ninho Dizendo as suas penas que voassem para Espinho Pois era lá que suas asas, seriam suavizadas Diz baixinho para mim que pena não ter asas