A Opressão Do Pecado

Tudo a tentar ser diferente enquanto eu tento ser igual Mas o que é que eu tenho de mal? Tudo o que eu quero é tão banal Muito fumo no quintal Um muro alto era brutal Privacidade carnal Esse é um desejo de um animal Que vive na rua principal Mau olhado aqui é normal Até no Natal Vão fazer de tudo p'a te estragar o astral Mas eleva a tua moral Porque a vida p'ra esses sócios não passa de um Carnaval P'ra eles já é habitual a - sarna genital É - tanta a comichão no fim foi tudo acidental Ainda não me espanto se acabam a dar cavalo é- Que sem vida própria diz-me o que é que a vida vale Quem não peca não é feliz Quem não peca não é feliz Quem não peca não é feliz Quem não peca não é feliz Só interessa o presente Não interessa aquilo que fiz Para andar sorridente Eu não fiz aquilo que quis Eu quis o meu sustento Deram-me uma cicatriz, Foi por um triz Encosto a postura até que a musa me responda Aposto na costura porque curto da peça pronta Eu que fiz a escritura digo-te o que mais desaponta É que p'ra mim isto é só frescura no fundo nada disto conta Mas aponta Quem não a atura que não a monte Se te incomoda então desconta Brotha 'tá na altura de pores os olhos no horizonte É que eu já perdi a conta Dos que o fecharam e que nunca o abriram Achavam sabido o caminho para a alegria Só quando morreram viram que é mentira E que viver a medo não rende a estadia Quem não peca não é feliz Quem não peca não é feliz Quem não peca não é feliz Quem não peca não é feliz