Santo no Subterrâneo

Eu sou santo no subterrâneo subtraindo crânios Onde a coruja dorme o pai nem cochila Zig zá na rota clandestina cliente da chacina Proveniente da costa da mina Singelo vendo a queda do castelo sinistro Consumindo derby amarelo guaravita e um misto Sinal de poluição mental conflito visual Frustração e curso como quem empata na final Seu vôo pleno nas asas do carcará Se pousar no meu terreno faz favor tira a mascara Prosperidade é meta aqui e se vier eu topo Com sangue frio e gentileza meio copo Aqui seria fé ou foco idéia pouca Tu passou cerol na mão e à noite quer passar batom na boca A tatica do lucro põe maluco no divã Eu só fui ver que o mundo gira hoje de manhã Dimensão da conspiração pegue essa visão É necessário que haja o caos pra se vender solução E se sobrar toca no calcanhar de algum vacilão O mais esperto joga sujo e vence a licitação Capitalismo é foda e o que é que não é foda pra a gente A nossa pele é preta e a consciência transparente Negão não queira cota queira bater de frente Negão não queira cota queira bater de frente Rede social convite na moral admite Rede é tudo igual e foi feita pra dar limite Eu dou cascudo nos beats com uma levada arrogante Nesse processo eu não sou chave sou Xavante Não sou briga sou brigante não sou marca sou marcante Sou a presunção do sábio sob o manto dos ignorantes Todo martir tem que morrer pela causa que prega Eu não compro utopia e nem ideologia cega Mero principio ativo dedo medio pros divos Tira o joio do trigo meu armamento é um livro Filosofia de calçada favela baixada Nunca fui a voz do gueto apenas um preto com asas