Ponto Cego

[Intro] Luzes de neon da Liberdade Piscam como memórias distantes Entre prateleiras e sonhos guardados Carrego o peso dos dois mundos [Verso 1] Pai fecha a loja tarde da noite Mãe conta moedas, suspira baixinho Enquanto eu sonho com palcos brilhantes Eles calculam contas infinitas Na vitrine empoeirada Vejo meu reflexo dividido Entre o dever e a paixão Que queima dentro do peito [Refrão] No meu ponto cego, encontro meu verdadeiro eu Nas sombras do que não foi dito No meu ponto cego, liberto o que sempre fui Entre sussurros e sacrifícios [Verso 2] Sacolas plásticas guardam histórias De uma travessia além-mar Nas gavetas da registradora Recibos amarelados de esperança Ouço brigas em voz baixa Sobre contas e prestações Enquanto componho em segredo Melodias de libertação [Bridge] Gomen nasai, me perdoa Por querer mais que sobreviver Entre Kanji e português Tento traduzir meus sentimentos [Refrão] No meu ponto cego, encontro meu verdadeiro eu Nas sombras do que não foi dito No meu ponto cego, liberto o que sempre fui Entre sussurros e sacrifícios [Outro] Na esquina da São Joaquim Onde dois mundos se encontram Finalmente entendo O preço dos seus sonhos quebrados E o valor dos meus próprios desejos Arigato, por tudo que não disseram Sayonara, às correntes invisíveis