Um Homem na Estrada

O amanhã é o reflexo do hoje Cada pegada uma história Nunca fiz história sem pegadas Quem se liberta é quem chega mais longe Tu tenta ser racional, como um homem na estrada A divisão é virtude, pra quem vive debaixo da ponte Quem move a vida é o sonho e mais nada Quem tudo tem acaba por nada ter Pois foi no reino da pobreza que eu aprendi a ser um ser humano Fico a semear alegria no vale dos condenados No caminho do absoluto sem ser condecorado Tou ancorado em palavras de esperança e respeito Disciplina diária que faz o homem que sou por dentro Focado nos meus pilares essenciais Tem cuidado com os sinais alguns só parecem ideais Eu vou humilde no que escrevo, sem pedir nada demais Só peço saúde à família, e a todos os reais Intemporal, bipolar o teu comportamento Atrevo-me a dizer que ele é binário como máquinas Entre o que és e tu, tem distanciamento Arrastas o corpo todo ele em modo automático Obrigação dá trabalho, motivação dá emprego Mas vi muitos pisados pelo empregado do mês Há mais futuros sem Carreira que carreiras com futuro Puseram o destino nos ouvidos, de um chibo Outros ficaram-se pelos ouvidos do surdo Quem é que foi burro A atração é o que faz girar o mundo Mas muitos ainda pensam que o sol gira à volta deles Na certeza que amanhã o safado volte bem cedo Por isso é que eu deito tarde à noite é assim quase sempre Nem sempre é na luz que um homem ascende Mais uma vela que acende, como uma peça num quadro O amanhã é o reflexo do hoje Cada pegada uma história Nunca fiz história sem pegadas Quem se liberta é quem chega mais longe Tu tenta ser racional, como um homem na estrada A divisão é virtude, pra quem vive debaixo da ponte Quem move a vida é o sonho e mais nada Quem tudo tem acaba por nada ter Pois foi no reino da pobreza que eu aprendi a ser um ser humano O homem na estrada vive o dia a dia Vai na correria pra que nada falte à família As mágoas são segredo, o amor ele cuida com zelo Ele sabe como fazê-lo sem precisar de fazer apelo Consciente que um dia ele pode acabar na zaruca Com a cabeça maluca, e com dívidas à porta É o reflexo de quem compra em antecipado o que gosta Sem ter meios, sem ter nota, agora arrota Carteira rota, mas a esperança não aborta Com sede na boca o estômago ele tem fome Pôr os bois à frente da carruagem nunca deu sorte Para quem lhe aquece o coração ele derrete como calotas Ou dá calote ou vais manter-se real a si próprio Não é porque te falham que tens de falhar Lembra-te que a moeda tem um valor mas tem duas faces Um só valor independentemente da qual dás O amanhã é o reflexo do hoje Cada pegada uma história Nunca fiz história sem pegadas Quem se liberta é quem chega mais longe Tu tenta ser racional, como um homem na estrada A divisão é virtude, pra quem vive debaixo da ponte Quem move a vida é o sonho e mais nada Quem tudo tem acaba por nada ter Pois foi no reino da pobreza que eu aprendi a ser um ser humano