Árvore

Estranho é pensar o que eu fiz de errado Talvez meu egoísmo e pensamento ultrapassado Correndo com os fortes, ombro a ombro, lado a lado Sem falsa ideologia, julgamento manipulado Na falta de um caminho Vamo pelo turbulento Criando casca Buscando um processo lento De aprendizado, sem apagar o passado Lisonjeado por estar engajado A vida leva as impurezas Dançando um rastapé eu clareio minhas certezas Como assim, as nuvens não são algodão doce? Não repare nas frutas que eu te trouxe Elas não foram colhidas do pé, meu bem Passei no mercado e tudo fica muito bem Se você quiser Se você puder Planto uma árvore E enquanto ela cresce A gente se agarra Mistura de rodadas etílicas Com a calma da sua fala Deitada no meu peito Com rosto cheio de sarda Meu bem Te prometi trazer os meus vinis velhos De Lennon a Raça Negra Com a sede de viver entrando aos poucos na cabeça Colapso cotidiano Amo a liberdade de ser o que eu quiser Enquanto isso, ainda, a gente tá se amando Nossa Árvore ainda nem saiu do pé