Últimas Preces

Às vezes a vida prega uma peça que não da pra aguentar A raiva domina a alma não da pra se explicar Na mente mil pensamentos e todos eles ruins Você se encontra num poço escuro, frio e sem fim Com nervos a flor da pele, só ódio no coração Meu anjo bom se foi e mal já trouxe o canhão Com a frieza no olhar e sede por vingança Bebe todo o fel e afoga a esperança Não pensa mais no futuro, quer viver o momento Espiritualmente morto enterrado no sofrimento Não teme a morte, pós morte ou qualquer outro perigo Movido pelo rancor tornou-se um morto-vivo Que não procura por carne só pelo sangue no chão Não há nada que o pare só a morte a solução Quem viu viveu conheceu não reconhece agora Após a pílula Morpheus todo mundo se apavora Buscou a verdade e se decepcionou depois que a conheceu Viu que o mundo é falsidade mais não se arrependeu Com novos objetivos e a maldade na intenção Cansou de ser o mocinho e agora quer ser vilão Dono do próprio destino faz seu caminho então Deus tenha dó deste ser vivo controlado pelo cão Tenha dó deste ser vivo controlado pelo cão Esquenta não firma o que é deles tá guardado Cromado talvez refrigerado, pronto pra disparo Que faz estrago em comédia, otário, vacilão Pronto pra qualquer uma, pra qualquer situação Vejo os moleque novo na porra do crack Os manos que traficam e buscam os quilates Que venham tempestade de glórias e louvor Que tenham vários aplausos pra aplaudir o senhor Outra dose de veneno os moleque vão vivendo Na rua e aprendendo, sistema peito doendo Nem vou falar mais vou deixar um salve pros parceiros Liberdade pros guerreiro rueira daquele jeito O sol que aquece o céu azul um mergulho nas águas Tira a zica e os peso de volta na quebrada Respira fundo que essa porra é perigo total Vou cair pra dentro e minha cota pode vim em real Conta as moedas e multiplica mais por paz e amor Que tá difícil ver aonde os manos deixou Dignidade sequelada já disse o viela E pelas ruas do morro a vida nem sempre é bela Policia, pipoco, noiado, cachorro latindo na noite Alguns tão no corre de cima ou com a sorte com sangue no olho Não temem a morte mais pai perdoe os filhos teus Que são pecadores hoje já se arrependeu Quando pensa que tá ruim ainda pode piorar E nessas horas não vem ninguém pra te ajudar Quando o sofrimento e a tristeza se unem a solidão E você sente um aperto no vazio do coração Sem auto estima alguma se vê na escuridão Parece estar invisível no meio da multidão Onde todos ignora como se fosse um cão Jogado, sujo e perdido caído do caminhão Pra quem sente tanta dor o que é mais uma ferida Pra quem a porta se trancou no labirinto da vida Destinado a solidão não enxerga uma saída Vê na morte a solução mais não quer ser um suicida Sente saudade do tempo de quando era criança Quando a inocência e o amor não deixava ter ganancia E independente da pobreza ou qualquer situação Se divertir e ser feliz sua única obrigação Mais o tempo passa e logo a ficha dele cai Se vê perdido e assustado não sabe pra onde vai Procura abrigo no mundo que só quer ver o seu fim Com a sorte lançada ao vento se torna algo ruim De queda em queda cansado vivendo por viver Se joga logo no crime pois quer matar ou morrer Se atravessar seu caminho o próximo vai ser você Deus tenha dó dessa alma e não deixe-a perecer