Chuva

Chuva chove molhada Chove sobre chavalos Escorre por carros Por esgotos e ralos Encharca fatos caros Chakras desalinhados Ninguém é indiferente Todos são ensopados Acho que vai chover Diz quem olha para cima Não é preciso ser expert Basta sentir o clima Evidente ou vidente Até a chuva engana Às vezes está sol E ela espreita à cana Nuvens cobrem o céu Por dentro ferve em espuma Porque a massa é cinzenta E a esperança é mais uma E a esperança é mais uma É o momento É o espaço Se é nenhum vivo agarrado As gotas tocam-me mais Do couro solto ao cais Do rio bebe e lá vais Dá para acreditar Vais parar de arder Sereno, não há nada a fazer Deixar chover Deixar chover Sair de casa sem estar preparado Chove mais, não me resguardo Bater leve, fico encharcado Distrai do sério pesar deste fardo Tempo passado, tempo perdido Sofrimento evitado, sofrimento vivido Tudo para nada, tudo na bruma Como lágrimas na chuva É o momento É o espaço Se é nenhum vivo agarrado As gotas tocam-me mais Do couro solto ao cais Do rio bebe e lá vais Dá para acreditar Vais parar de arder Sereno, não há nada a fazer Deixar chover Deixar chover É o momento É o espaço Se é nenhum vivo agarrado As gotas tocam-me mais Do couro solto ao cais Do rio bebe e lá vais Dá para acreditar Vais parar de arder Sereno, não há nada a fazer Deixar chover Deixar chover