Na Mira

É no barulho da sirene Que se vê a correria Pros boy q vê na tv A favela não é sintonia Onde a morte não é Bem vinda Mas chega Sem ser chamada"Menó"se esconde nos becos Da barca de madrugada Corre das luzes Do foco dos holofotes Da pinote Do bote Estado manda Robocop Moleque sem sorte Pai some Crime envolve Ódio entope a mente Na cabeça o revólver Na mira da injustiça Uma vitima Da incerteza Crime hediondo E não ter o que por na mesa Alma manchada De sangue Dos olhos Perde a pureza Sem caminhar na trilha Segue enquanto rasteja Desvia dos estilhaços Junta os cacos E se refaz A premiação da guerra São traumas e temporais Desperta tempo embaçado Pra alguns manos aqui jaz Se perderam no caminho E não da pra voltar mais Mas é só filme de terror Sem amor Só dor Rancor Tremor Ódio Mostrou A saida Que a paz Não ensinou Entendo o cao Entende o caos ou Não sobreviverá Vai moscar Vai pensar Se moldar Ja é tarde Pra aprender Quem dirá pra ensinar Nessas brisas que Querem te afundar Manda esses"loki" pra lá O mundo é diferente da ponte pra cá É a fuga de alcatraz Uma guerra pela paz Não é dentro dessas grades Que a liberdade ta mais Labirinto sem saida Essa tal vida bandida Segue fazendo vítima Em todas essas esquinas Dos quatro cantos do mapa A guerra é o pesadelo Corpos pelas calçadas Drogas em todos becos Vicios em todas casas Sonhos nos travesseiros Frustração no coração Angústia dentro do peito Sangue por todas as ruas Porcos nos parlamentos Monstros nas viaturas Anjos no sofrimento Um que correu por medo Medo de ser caçado Sente a camisa molhada Um surto do despreparo Sente a perna amolecer Enquanto acelerava A bala o varou Onde o chicote açoitava Visão turva vê as luzes Embaçadas na estrada Impacta sobre o asfalto Enquanto o celular tocava Chamada não atendida Uma ligação perdida Uma bala perdida No corpo preto encontrada Onde a morte não é bem vinda mas chega sem ser chamada.