Delivery Freestyle

Evidências sobre a mesa Temperos se misturam com embalagens de cerveja Aroma de dias na mesma cozinha Assim como a mensagem esquecida Carregada de incerteza Prataria na gaveta Que veio de outra CEP Folhas grudadas na geladeira Que dariam um bom rap Cenário de tampas fora do pote Formigas carregam o açúcar, trabalho Caixas de feira servem de armário Blocos e blocos de contas de baixo do holerite A fuga do piso gastada a tempo E o aperto da pia soltando o rebite Enquanto a quina da porta Mordida pelo cachorro, revela Uma única janela de fronte a rua Trazendo o resquício do sentimento Mais uma manhã, acordo sem rotina Mais um desfeche nos loops da vida Um beck uma breja, antes do almoço Sem pressa dispenso o que não agrega Zona de conforto em curto circuito Ando pela casa, volto pra cozinha O tempo é dinheiro, garimpo refina Reflito, releio, refaço a retina Do quarto pra sala Ouvindo outro beat do Dimi e Gui Encomenda da colheita ao requinte Dialogo são novas portas Derivados da realidade Reais referências se encontram escassas Conclusões Vista da sacada O dobro ou nada Degraus da escada ENTREGA PRO PORÃO Liga do lodo, sem rastro Sem rosto Visito sua sala e seu sonho Seus medos e planos bem pegajoso Visito as ruas bem peligroso Tudo que não queres E joga pro outro Esquemas, subornos Golpes no povo Mitos na ceia Bandidos no seu quintal Gastando sua grana sem seu aval Estragando a alegria do seu natal Cristo tipo fast food Escolha o cardápio no YouTube Horas de supressão Ainda há quem rotule Se ilude e não vê seu rosto no rejunte Colado a parede Meus mares se fecham Latas se abrem, caixões se fecham Pra um novo padrão Não me encaixarei Não passarão Sem mídia, sem riso, sem ilusão Seu grito sozinho não chama atenção