r.tu. érretê şarkı sözleri
Sussurros corrosivos, crítica voraz
(Nunca é o bastante) ecoa, mordaz
Mas nas fissuras da dúvida, luz ínfima
Insinua que talvez, eu seja alma ínclita
Metamorfose celular, lenta alquimia
Transmuto mentiras que me diminuíam
ÉrreTê, antes réu, agora alquimista
Destilando verdades que o medo conquista
No limiar da aurora, pulsa o coração
Cada batida compõe nova canção
Não mais por outros, mas por mim tecida
Melodia do amor-próprio, enfim vivida
(Na sombra me escondi, na luz me revelo
Cada marca, uma saga que não mais cancelo
No reflexo, vislumbro além da epiderme
Sou obra inacabada, beleza perene)
Renasço na alvorada, fênix renascida
Não mais refém do ontem, nem de expectativas
Amor-próprio, bússola da minha essência
Guia-me na névoa até a quintessência
Sussurros matinais, segredos desvelados
A mim mesmo, juramentos renovados
No silêncio, a voz que sempre existiu
Agora escuto, abraço, e enfim floriu
Entre o pretérito e o devir, há um agora consciente
Onde me aceito, imperfeito, mas crescente
Não sou soma de falhas, nem lista de glórias
Sou jornada contínua, autor das minhas histórias
Cada passo, um ato de bravura e de fé
No eu que emerge, mais forte, de pé
(No crepúsculo do autoengano, a verdade cintila
Sou escritor do meu destino, cada página que desfila
Nem antagonista, nem protagonista, humano em construção
Abraçando cada nuance, sem medo ou hesitação)
(Sussurros da aurora, meu mantra diário)
(Eu me amo, me aceito, não sou mais solitário)
(No caos ou na calma, encontro meu eixo)
(O amor que buscava, em mim mesmo deixo)

