a gente sempre volta pro veneno

Esbarrei em tu no Caos Bar da Augusta, luzes neon (Que cena clichê) Meia década se foi Mesmo perfume, sorriso torto Teu olhar ainda me absorve todo Peço uma dose, tu pedes o dobro Papo solto, horas derretem Tua coxa roça a minha sob a mesa (É só coincidência?) A gente sempre volta pro veneno Teu beijo é whisky com pimenta Queimação que não aguenta Esse love é um crime obsceno Hoje a gente ignora a culpa (Ou finge que dá) Lembra do primeiro beijo nosso? Atrás do point, gosto de menta Hoje é sabor de ausência Que a vodka tenta em vão maquiar (Só piora o baque) Teu toque é brasa na minha pele Juízo evapora, corpo não mente Boca nega, olhos imploram (Quem sou eu pra me conter?) A gente sempre volta pro veneno Teu beijo é whisky com pimenta Queimação que não aguenta Esse love é um crime obsceno Hoje a gente ignora a culpa (Ou finge que dá) Reflexo no espelho sujo Nós dois, cara de dezoito Sonhos, juras, promessas Que o tempo levou Teu sorriso ainda malicioso Me afogo em nós outra vez No banheiro apertado Lábios colados, urgentes Corpo contra azulejos Meia década de saudade Explode em segundos loucos (Que se dane o mundo) A gente sempre volta pro veneno Teu beijo é whisky com pimenta Ferida que não cicatriza Esse love é vício eterno Amanhã remorso cobra caro (Mas isso é depois) Uber separado, papo furado "Te ligo", mentira descarada Teu gosto na língua, peso na alma Primeira vez, última vez Até a próxima recaída (Que eu já sei que vem) Até a próxima recaída (Que eu já sei que vem)