envolventemente

Corpos gravitam, física do desejo puro Pele estremece, antevendo o futuro (Teus lábios, portal para o pecado) Dedos dançam, mapeiam com cuidado Respiro entrecortado, pulso acelerado (Teu aroma, néctar que me invade) Passos sinuosos, valsa da cumplicidade Luz e sombra, revelar e esconder (Teu contorno, poesia à meia-luz) Entre céu e inferno, vamos nos perder No limiar tênue de sanidade e loucura Somos brasa e gelo, veneno e cura Presos nesse tango, libertos pela paixão No limiar do êxtase, um gemido, combustão Sedução noturna, ritual de carne e alma Rende-te a mim, baixa tua guarda Somos maré e lua, eternos nessa dança Desejo voraz, amor que não se cansa Toca-me profundo, além de pele e osso Nesse jogo sensual, teu ser é meu endosso Incendeia-me com gelo, afoga-me em calor Na noite mais densa, explode nosso amor (No silêncio entre suspiros ofegantes Vislumbro universos em teus olhos errantes Nus, vulneráveis, além do corpo exposto Em cada carícia, um mundo novo, oposto Nessa dança milenar, ritual sem tempo Somos eternos, efêmeros, contratempos) Lábios colidem, sede insaciável (Teu sabor, ambrósia indizível) Dedos entrelaçados, almas em harmonia Corpos se fundem, perfeita simetria (Teus murmúrios, sinfonia aos sentidos) Cada toque, segredos compartilhados Pele na pele, universos explorados (Teu calor, meu único refúgio) No ápice do prazer, encontro abrigo Tremor e êxtase, clímax alcançado (Teu nome, mantra em meus lábios gravado) No altar da luxúria, nos entregamos Na confluência de êxtase e dor sublime Somos presa e predador, cúmplices do crime Reféns dessa paixão, livres na rendição No auge da volúpia, cala-se a razão É perdição com fervor aumentado, gaita respondendo Sedução noturna, dança sempterna Em teus braços, minha essência interna Desejo e amor, linha tênue, difusa Teu corpo, meu lar... alma confusa...